No dia 2 de setembro de 1937, há exatamente 83 anos, Pierre de Coubertin faleceu. O fato ocorreu em uma trilha do parque “La Grange”, em Genebra, Suíça, à margem esquerda do lago que costumava frequentar.
Coubertin deixou a vida contribuindo enormemente para o desenvolvimento educativo de seu país e, como consequência, do mundo todo. Usou o esporte antigo para transformar a vida moderna, tornando a prática de atividade física cada vez mais atual e necessária em todos os âmbitos da sociedade.
Os incansáveis esforços do francês na educação fizeram com que conseguisse, finalmente, um evento para colocar suas teorias em prática, unindo todas as esferas humanistas que contemplam um ser democrático e moderno. O resultado foram os Jogos Olímpicos, que para ele não faziam sentido se não representassem aquilo que ele tanto almejou para a humanidade: educação, paz, perseverança, alegria e esperança.
Guiado por Valores, Pierre de Coubertin não poupou dinheiro e empenho para tornar os indivíduos conhecedores de todos os valores morais e éticos possíveis. O Barão é até hoje reconhecido como um idealista, principalmente após trabalhar duro para colocar suas ideias em prática – sempre mantendo sua fé no futuro.
Pedagogo, desportista, historiador, jornalista, escritor, esteta, humanista e Olímpico, Coubertin apresentou ao mundo moderno uma nova filosofia de vida: o Olimpismo.
O Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin fez um resgate importante. Referindo-se aos desejos de Pierre de Coubertin, expressos em 25 de novembro de 1892, dois anos antes da criação do Comitê Olímpico Internacional e quatro anos da primeira Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, o jornalista Jean Pierre Thévoz, em 1987, fala como Barão apresenta sua ideia Olímpica ao público pela primeira vez: ′′Na tarde de quinta-feira, 2 de setembro de 1937, o Barão de Coubertin, com 75 anos de idade , passeava como de costume sob a árvore frondosa do parque La Grange em Genebra quando de repente sofreu um ataque. Um médico que se apressou a ligar, só conseguiu constatar o seu óbito. A notícia desta morte súbita causou consternação na Suíça francófona e no mundo do esporte, onde o personagem, apesar da sua modéstia proverbia, ocupava o centro da cena desde um famoso dia 25 de novembro de 1892. Um pequeno Barão cujo forte bigode ao galo ainda era negro, exclamou no final de um discurso proferido na Sorbonne, por ocasião do quinto aniversário da fundação da União das Sociedades Francesas dos Desportos Atléticos: ‘É preciso internacionalizar esporte, tem que organizar novos Jogos Olímpicos’. Como muitos jovens franceses da sua época, Pierre de Coubertin tinha sido traumatizado pela derrota em 1871: ′′A juventude francesa tem que ser repensada, dizia, porque a derrota dos nossos exércitos foi parcialmente consequência de uma educação incompleta, insuficiente no plano físico, comparado com a dos prussianos, inspirada na academia Jahn!”
Durante a comemoração do 50 aniversário da morte de Pierre de Coubertin, a imprensa suíça publicou um importante artigo no qual fala sobre a perseverança do Barão em restaurar os Jogos Olímpicos e sobre como sua personalidade humanista e desportiva contribuiu para a sua vida e sua obra.
Sobre o momento, o jornalista Jean Pierre Thévoz, em 1987, disse: “O apelo do pequeno Barão teria eco, já que, no anfiteatro da nova Sorbonne, em 23 de junho de 1894, se proclamou solenemente o restabelecimento dos Jogos Olímpicos, quinze séculos depois destes eventos quadrienais que, durante pelo menos 1168 anos, foram celebrados sem interrupção. Citius, Altius, Fortius, mais longe, mais alto, mais forte. O lema dos Jogos da Antiguidade recuperou o seu pleno significado graças à generosa ideia de Coubertin, humanista que sonhava para a França uma nação saudável e desportiva, resultado de uma profunda reforma da pedagogia. Todavia, durante muito tempo o Barão seria desairado, ignorado e até combatido, alguns o tentaram de louco, até de utópico quando expressava seu desejo de ver o esporte unir os povos do mundo. No primeiro Comitê Olímpico Internacional havia um grego, claro, um húngaro, um russo, um sueco, um americano e um argentino. Pierre de Coubertin, que tinha 31 anos, era apenas o secretário-geral. Nesta sessão inaugural, decidiu-se que o renascimento dos Jogos teria lugar na Grécia, em Atenas, de 5 a 15 de abril de 1896, e depois de quatro em quatro anos, em quatro cantos do mundo. Nós sabemos o resto. Coubertin foi o primeiro a pôr em prática os seus princípios: desportista consumado, remava, manuseava a espada, jogava futebol com brilhantismo e não se esquecia das sessões de cultura física diária, introduzidas graças a ele em todas as escolas apesar da resistência do corpo docente”.